Preparei essa receita para o almoço de natal, e inicialmente batizei de quiche de bacalhau. Mas depois me bateu uma dúvida imensa, pois o recheio não leva ovos. Pesquisa daqui, pesquisa dali, descobri que na verdade a minha quiche (ou seria o meu quiche?) é, na verdade, uma tarte. Pois é, prezadas leitoras... E, vocês sabem qual a diferença entre uma e outra? Bom, pelo que pude entender, toda quiche é uma tarte, mas nem toda tarte é uma quiche. Isso porque nessa última vai, obrigatoriamente, ovos e leite ou creme de leite. Blog de culinária também é cultura... ;)
Enfim, tarte ou quiche, não importa. O que você precisam saber é que ficou muito bom! E nem precisa esperar o próximo natal para fazer: vai muito bem no dia a dia, acompanhada de uma saladinha verde e só. As fotos não ficaram boas, desculpe! Eu estava super atrasada, bati de qualquer jeito, e quando chegou no almoço ela acabou em questão de segundos...risos.
Ah! Sobre o bacalhau, cada um tem a sua dica para dessalgar e cozinhar, então vou dar as minhas: eu não fico neurando em trocar a água de tantas em tantas horas, troco sempre que eu passo pela cozinha e lembro dele. Também deixo a vasilha com o bacalhau e a água sempre coberta, e na geladeira. Depois retiro as sementes, a pele, gosto de levar para cozinhar no leite, pois acho que assim fica mais macio e saboroso. Tempero o leite com tomilho, alecrim, louro e pimenta-do-reino moída na hora e deixo ferver (não precisa ser por muito tempo. Depois deixo esfriar e desfio.
(rendimento: 2 tartes médias)
Recheio:
- 400 gr de bacalhau do porto, dessalgado e cozido no leite (ver dicas acima)
- 1 pimentão vermelho picado
- 2 cebolas médias picaas
- 2 dentes de alho picadinhos
- 1 vidro de palmito picado
- 2 tomates picados, sem sementes
- 1 pimenta dedo de moça sem semente e bem picadinha
- alecrim e tomilho a gosto
- salsinha e cebolinha a gosto
- azeitonas portuguesas picadas a gosto
- 2 colheres de sopa de farinha de trigo
- 1 xícara de leite integral
- creme de leite fresco, o quanto baste
- queijo mussarela e grana padano para cobrir
- sal, pimenta e azeite extravirgem a gosto
Refoque a cebola e o pimentão em um fio de azeite, Acrescente o alho, e mexa por um minuto. Junte o bacalhau, os tomates, o palmito, as azeitonas, a pimenta, o tomilho e o alecrim, e deixe refogar. Polvilhe a farinha de trigo e mexa até incorporar. Junte o leite e mexa bem, até engrossar. Desligue o fogo e acrescente bastante salsinha e cebolinha. Prove o tempero e coloque mais sal e pimenta, caso julgue necessário. Deixe esfriar. Nesse momento, achei que o bacalhau foi absorvendo o leite e o recheio acabou engrossando demais, por isso coloquei um pouco do creme de leite fresco. O ideal é que o recheio fique cremoso: nem muito líquido, para não amolecer a massa, nem seco demais, visto que já vai ressecar um pouco no forno.
Massa:
- 4 xícaras de farinha de trigo
- 1 colher de chá de sal
- 1 colher de chá de fermento em pó
- 200 ml de creme de leite fresco (pode ser o de caixinha) gelado
- 200 gr de manteiga sem sal gelada, cortada em cubinhos
- água gelada, o quanto baste
Preaqueça o forno a 180°. Misture em uma vasilha a farinha, o sal e o fermento. Junte a manteiga e vá misturando, com a ponta dos dedos, até formar uma farofa grossa. Não manipule demais a massa! Coloque o creme de leite e misture, inicialmente com uma colher e depois com as mãos, até fazer uma bola. Se a massa não adquirir consistência, coloque a água gelada, uma colher por vez (no meu caso precisou de umas 4 colheres). Divida a massa em 2 partes, abra cada uma delas em uma superfície enfarinhada, e forre as formas, acertando as beiradas.
Faça furos na massa com um garfo, cubra com papel alumínio (ou manteiga), preencha o fundo com feijões e leve para assar por cerca de 20 minutos. Retire o papel alumínio e os feijões, e acrescente o recheio. Cubra com o queijo ralado e volte ao forno, até dourar.