quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Panna Cotta de Iogurte com Erva Cidreira



Estava conversando com um colega de trabalho sobre o capim-santo, e sobre os outros nomes pelos quais ele também é conhecido, como capim-limão e erva-cidreira. Até que, nesse ponto da conversa, ele me corrigiu, e disse que erva-cidreira era outra planta. Fomos ao google tirar a prova dos nove, e ele estava coberto de razão. Capim-santo ou capim-limão também pode ser chamado de CAPIM-CIDREIRA, mas ERVA-CIDREIRA é outra planta. Daí eu perguntei se o gosto seria parecido, e no dia seguinte o meu colega, muito gentilmente, trouxe para mim várias folhinhas do pé que ele tinha em casa, para que eu pudesse provar. 

Feliz da vida, voltei para casa, comecei a pensar no que eu iria preparar, me lembrei de um resto de iogurte natural que estava dando sopa na geladeira e resolvi inventar uma versão de um dos meus doces favoritos: panna cotta. No final das contas, acho que de panna cotta só ficou o nome, mas eu gostei muito. O sabor é, ao mesmo tempo, suave e marcante, muito gostoso. É parecido mesmo com o capim santo, mas não igual: acho que o gosto desse último é um pouco mais, digamos, refrescante.

Para quem está podendo, recomendo trocar o leite desnatado por creme de leite fresco, o que vai deixar o doce mais cremoso e mais "pannacottado"...risos. Quem não está podendo nada, ou quer reduzir ainda mais as calorias pode experimentar trocar o iogurte natural comum pelo desnatado, e o açúcar por adoçante culinário ou açúcar light. No final, dá para atender a todos os gostos. ;)

Panna Cotta de Iogurte com Erva Cidreira
(rende 4 porções)

-      2 bons punhados de erva cidreira (minha balança está quebrada, não deu para pesar, mas coloquei umas 35 folhas)
-      400ml de iogurte natural caseiro
-      240ml (uma xícara) de leite desnatado
-      5 colheres de açúcar refinado
-      1 envelope de gelatina sem sabor
-      raspas da casca de 1 limão

Coloque a gelatina em um potinho com 5 colheres de sopa de água para hidratar. Bata no liquidificador o leite com a erva cidreira e depois coe em uma peneira fina. Lefa ao fogo baixo o leite coado com o açúcar, mexendo até dissover. Depois de aquecer um pouco, desligue o fogo e acrescente a gelatina, mexendo com um fouet até dissolver completamente todos os grumos. Acrescente o iogurte e as raspas de limão, misture bem para incorporar, divida em quatro potinhos e leve à geladeira. Decore com as folhinhas de erva cidreira (eu esqueci de separar algumas) ou com mais raspinhas de limão. Sirva gelado.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Salada Waldorf

A Salada Waldorf foi criada em 1893, segundo dizem, pelo maître do hotel Waldorf (of course), Sr. Oscar Tschirky (porém, segundo a Wikipédia, existe uma certa polêmica sobre isso). Polêmicas à parte, a salada é deliciosa, os ingredientes combinam à perfeição, e pode perfeitamente substituir a refeição principal, como eu fiz. Aliás, já levei essa salada na marmita, tomando o cuidado apenas de deixar para picar a maçã e acrescentar o molho na hora de servir. Essa receita é a versão do Jamie Oliver, onde ele substitui a maionese (ou o creme de leite) tradicionalmene utilizados no molho por iogurte natural.



Salada Waldorf
4 porções - receita daqui

-      4 punhados grandes de folhas para salada (usei alface comum e alface crespa roxa orgânicas), lavadas e bem enxutas
-      2 punhados grandes de uvas verdes sem sementes ou com as sementes retiradas
-      3 talos médios de salsão (aipo), sem as folhas e partes mais duras
-      2 punhados de nozes (cerca de 100gr), grosseiramente picadas
-      1 maço pequeno de salsa
-      1 maçã vermelha
-      150gr de queijo azul, como gorgonzola ou roquefort
-      1 colher de chá bem cheia de mostarda Dijon (usei a comum mesmo)
-      2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco ou tinto
-      azeite de oliva extravirgem
-      1 colher de sopa bem cheia de iogurte natural (coloquei 2 colheres)
-      sal e pimenta-do-reino moída na hora

Misture as folhas grosseiramente rasgadas e as uvas em uma tigela grande. Com um descascador manual,  retire cuidadosamente as partes mais fibrosas do exterior do salsão (usei uma faquinha mesmo, o meu salsão,  por ser orgânico, era já bem fino e delicado). Corte os talos em fatias finas, em ângulo, e junte às folhas e às uvas. Coloque as nozes em uma panela seca, em fogo médio, e deixe tostar um pouco, sacudindo a cada 25 segundos. Elas devem esquentar, mas não mudar muito de cor.

Separe as folhas dos raminhos de salsa, tire as partes mais duras e grossas dos raminhos (que podem ser utilizadas para fazer caldo caseiro), pique o resto bem miudinho e reserve. Pique também as folhas e junte à tigela. Ponha os cabinhos em um pote de geléia limpo e junte a mostarda e o vinagre. Adicione uma quantidade de azeite equivalente a três vezes o volume obtido. Para o tempero ficar bem fresco e cremoso, junte o iogurte e uma boa pitada de sal e pimenta. Tampe o pote e agite-o vigorosamente. Prove e, se necessário, equilibre o sabor com mais vinagre, azeite, ou iogurte.

Despeje tempero suficiente apenas para cobrir as folhas. Corte a maçã em palitos finos (fui de cubinhos mesmo) e espalhe por cima. Misture tudo com as mãos, espalhando o tempero. Passe a salada para um prato grande e distribua as nozes. Com uma faca, desmanche o queijo e espalhe os pedaços sobre a salada. Borrife um pouco de azeite e pode servir!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Homus be tahine



Tinha um resto de grão-de-bico já cozido dando sopa na geladeira, e nada mais fácil e rápido do que preparar homus. ADORO comida árabe, meu avô era sírio e cresci comendo vários quitutes que a minha avó fazia para ele, tais como Kibe, Tabule, Roz Libnani (arroz com aletria), Mjadara (arroz com lentilha), charutinho de repolho, etc... Hum! Dá água na boca, só de lembrar... Mas não precisa ser descendente de sírios ou árabes para preparar, em tempo recorde, um homus delicioso. Se você tiver mais tempo, pode também fazer esse antipasto de berinjela, que eu já mostrei a receita. Não é árabe mas combina muito bem com o homus e pão sírio. Ah! A receita de homus é do livro A Cozinha Árabe, de Maria Cristina Andersen (parece que está fora de catálogo).

Homus be tahine

-      150gr de grão-de-bico
-      2 colheres de sopa de tahine
-      1 dente de alho
-      gotas de suco de limão (opcional)
-      1/4 de colher de chá de sal (ou à gosto)
-      1 colher de sopa de salsa picada

Deixe o grão-de-bico de molho em água por umas 12 horas, de um dia para o outro (troque a água, se puder). Se você aida tiver paciência, depois de deixar de molho, retire a película que cobre o grão. Se não tiver, não tem problema, vai com a película mesmo que não faz uma super-hiper-mega diferença (eu prefiro sem). Se você tiver ainda menos paciência (ou tempo), compre o grão de bico enlatado, já cozido, ok? Enfim, depois de retirar (ou não) a película, escorra a água e coloque o grão-de-bico para ferver até amaciar. Quanto mais tempo ele ficar de molho, mais rápido o cozimento (que também pode ser feito em panela de pressão).

Bata no processador ou liquidificador o grão-de-bico (o meu estava tão macio que foi com o garfo mesmo) com o tahine, o alho, o suco de limão (coloquei umas 2 colheres de sopa) e o sal. Bata só até desmanchar os ingredientes. Se ficar muito grosso, adicione um pouco da água do cozimento, mas tenha em mente que, ao esfriar, ele vai engrossar mais um pouco. Arrume em um prato ou potinho, alise e leve à geladeira por 1 hora, pelo menos. Na hora de servir, decore com a salsa picada, e sirva acompanhado de um bom azeite de oliva. 

domingo, 25 de setembro de 2011

Arroz Doce com Calda de Maracujá



Arroz doce não é, nem de longe, o meu doce favorito. Tanto que eu nunca havia feito... Entretanto, essa receita do blog Dedo de Moça parecia tão boa que há meses eu sonhava em prepará-la! O problema é que levava uma lata e meia (!) de leite condensado, e isso acabava me desanimando... Até que eu comprei o livro "A Itália de Jamie", e achei por lá uma receita de arroz doce sem leite condensado e com muito menos açúcar, e resolvi tentar. A receita do Jamie Oliver leva arroz arbório, que é, por si só, bastante cremoso, e compensa a ausência do leite condensado.  Ainda sim eu fiz algumas adaptações, para acrescentar alguns ingredientes da receita do blog (como o gengibre e o leite de coco), que era a que me interessava mais.

Arroz Doce com Calda de Maracujá
(adaptado daqui e daqui)

-      1 xícara de arroz arbório
-      2 colheres de sopa de manteiga
-      5 colheres de sopa de açúcar refinado
-      150ml de vinho branco
-      200ml (1 garrafinha) de leite de coco
-      700ml de leite (aproximadamente)
-      casca de 1/2 limão
-      1 pedaço de 2cm de gengibre fresco, partido em 4
-      1/2 caixinha de creme de leite (opcional, coloquei porque estava sobrando na geladeira)
-      3 maracujás azedos
-      200ml de água
-      1/2 xícara de açúcar refinado



Em uma panela alta com o fundo grosso, derreta a manteiga em fogo baixo, adicione o gengibre e mexa por 1 minuto. Junte o arroz, o açúcar, aumente o fogo para médio, dê uma boa mexida e adicione o vinho. Continue a mexer até que quase todo o vinho evapore. Acrescente o limão, o leite de coco, e continue mexendo sem parar. Abaixe novamente o fogo e despeje o leite aos poucos, à medida que for secando. Cozinhe, mexendo sempre, por aproximadamente 18-20 minutos, ou até amaciar e ficar bem cremoso. Desligue o fogo, acrescente o creme de leite (se quiser) e deixe esfriar.

Enquanto o arroz esfria, prepare a calda: em uma panela coloque a polpa dos maracujás e a água. Leve ao fogo, deixe ferver por 15 minutos, e depois coe, esfregando bem as sementes de maracujá, para retirar aquela película que envolve as sementes. Reserve a polpa e lave as sementes em água corrente, para retirar a película restante. Junte parte das sementes à polpa (a quantidade depende do seu gosto, eu coloquei apenas metade), adicione o açúcar e leve novamente ao fogo baixo, para ferver por 10-15 minutos, ou até engrossar e tomar a consistência de calda. Deixe esfriar.

Sirva em potinhos, intercalando camadas de arroz doce e calda. Decore com o restante das sementes, ou com raspas de limão, se desejar.

Linguicinha Aperitivo



Esse aperitivo não é só delicioso, ele também é fácil e barato! É uma receita do meu sogro, e quem preparou para mim foi o meu Amoreco.  É muito, mas muito fácil mesmo! Sem contar que só leva 2 ingredientes:

Liguicinha Aperitivo

-      1 pacote de 500gr de linguicinhas aperitivo
-      1 garrafa de sidra

Coloque em uma panela as linguicinhas e cubra com a sidra, até um dedo acima. Deixe ferver em fogo brando. À medida que a sidra evapora, as linguicinhas vão ficando caramelizadas. Não precisa mexer nem vigiar a panela, exceto no final, para não deixar queimar.

Ô dó!!! Essa aí é a Judite, a cadelinha que nós adotamos, babando pelas liguicinhas
(como a gente não resiste a esse olhar pidão, ela ganhou a sua...risos).

Legumes à Provençal

Aqui perto de casa, todas as terças e sextas pela manhã, tem uma feirinha de orgânicos deliciosa! Alimentos cultivados sem agrotóxicos, de forma sustentável, por produtores locais, o que é melhor ainda. Daí que eu comprei, dentre outras coisas, ervilha-torta, cenoura e milho verde, e pensei em prepará-los da forma mais simples possível, de modo a ressaltar o seu sabor, que é naturalmente delicioso (muito melhor que os "comuns").

Procura daqui, procura de lá, encontrei essa receita aqui, que originalmente levava apenas ervilha, e achei que ficou MARA! Tão boa que em pouco tempo repeti a dose, usando os mesmos legumes, que depois foram acrescentados a um risotto, que ficou de lamber os dedos. Também repeti o preparo com outros legumes, usando beterrabas ogânicas assadas al cartoccio (em uma trouxinha de papel alumínio ou papel manteiga) com crema di balsamico, azeite, sal e pimenta, e depois refogados com grão de bico previamente cozido, cebola e cenoura. Muito bom! Escolha os seus legumes favoritos e manda ver!

Ah! Não tenho quantidade certa de legumes, isso fica a critério de cada um, mesmo porque os legumes orgânicos são menores que os comuns e assim fica difícil especificar. Coloque a quantidade que desejar, adequando ao seu gosto e à quantidade de porções desejadas.


Legumes à Provençal

-      ervilha-torta cortada em partes (antes corte a pontinha e puxe para retirar aquela fibra que vai de ponta a ponta)
-      cenoura descascada e cortada em rodelas com aproximadamente 0,5cm
-      milho verde em espiga (descasque a espiga e debulhe os grãos com o auxílio de uma faca)
-      3 colheres de sopa de azeite
-      1 colher de sopa de manteiga
-      4 dentes de alho picadinhos
-      4 colheres de sopa de salsinha e cebolinha picadas
-      Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Em uma frigideira ou panela grande, aqueça o azeite misturado com a manteiga. Junte o alho picado e mexa até começar a dourar. Cuidado para não torrar demais o alho! Acrescente o milho e a cenoura, e cozinhe no fogo baixo e com a panela tampada por 4 minutos. Junte a ervilha e deixe cozinhar por mais uns 4 minutos. Se precisar coloque um pingo de água (pingo mesmo, não é para ficar cozido, e sim crocante, al dente).  Retire a tampa e deixe secar a água que se forma. Desligue o fogo, tempere com a salsinha e a cebolinha picadas, o sal e a pimenta-do-reino. Ficou tão bom que eu comi puro... 

domingo, 11 de setembro de 2011

Para começar bem a semana...


"O Rio de Janeiro continua lindo"...

Crisps de Chocolate (crespinhos)




Aqui em BH tem uma chocolateria que eu adoro, e em alguns dias, quando as lombrigas clamam por um chocolate, eu passo lá para comprar alguma coisinha, e um dos doces que eu mais gosto é uma espécie de crocante de chocolate ao leite ou branco. Eis que um dia, ao devorar um pacote dos tais crespinhos, eu começei a pensar que aquilo era muuuiiiiiito simples de fazer, e resolvi partir para uma versão caseira... Gente é muito fácil mesmo, para mim ficou idêntico, sem contar que é ótimo para preparar junto com crianças, pois não vai ao fogo e suja apenas uma vasilha e uma colher. É mole ou quer mais?





Eu não tenho as quantidades certas, pois isso vai depender de quantas pessoas vão comer. Como também não faço para vender, apenas para consumo imediato, não fiquei temperando o chocolate, nem nada disso. Mas fica tranquilo, esta é uma receita "dummy-proof", olha só: derreta no microondas* ou em banho-maria o chocolate picado (eu usei uma mistura de meio amargo e ao leite).  Retire do forno e mexa, até ficar lisinho. Deixe esfriar por uns 5 minutinhos, acrescente os flocos de arroz e mexa até incorporar. A quantidade é proporcional ao tanto de chocolate. Não pode ser pouco demais, ou fica muito líquido e difícil para colocar às colheradas; nem muito, de forma que o chocolate não consiga envolver todos os flocos. Despeje colheradas da mistura (usei uma colher-medida de chá) em uma fôrma forrada com papel manteiga e leve à geladeira, até firmar.



*Para derreter o chocolate, leve-o ao microondas por 1 minuto em potência média, retire após o tempo e mexa. Se ainda não estiver totalmente derretido, deixe mais 1 minuto.

sábado, 10 de setembro de 2011

Sopa Cremosa de Brócolis

Essa receita é super simples e leva poucos ingredientes, além de ser rápida e saborosa. Eu tirei do livro Apples for Jam, de Tessa Kiros. Comprei dois livros dela, esse e o Falling Cloudberries, e estou absolutamente encantada! Os livros são belíssimos, bem escritos, as fotografias são de tirar o fôlego, e as receitas bem variadas, algumas mais complicadas, porém a maioria me pareceu simples, de fácil execução. Escolhi essa sopa para estrear, pois tinha tudo em casa, mas pretendo fazer muitos outros pratos em breve!  

Sopa Cremosa de Brócolis
Receita daqui (6 porções)

-      6 xícaras de brócolis picados
-      7 xícaras de água
-      2 batatas médias, descascadas e cortadas em pedaços grandes
-      1 cebola roxa, descascada e cortada em quatro
-      3/4 xícara de creme de leite fresco
-      pimenta-do-reino moída na hora e sal à gosto

Separe uma mão cheia de floretes de brócolis (eu esqueci de separar) e coloque o resto em uma panela grande com as batatas e a cebola. Acrescente a água, tempere com o sal e leve ao fogo até ferver. Se formar uma nata na superfície, retire com uma escumadeira. Abaixe o fogo e deixe ferver por uns 35 minutos. Acrescente os brócolis que estavam separados e deixe ferver por mais 10 minutos. À esta altura, você deverá conseguir esmagar os brócolis facilmente na lateral da panela, com uma colher.

Bata tudo direto na panela, com um mixer, ou use o  liquidificador (cuidado para não espirrar!). Deve ficar um líquido mais espesso. Entretanto, se estiver grosso demais, acrescente um pouquinho de água. Se, por outro lado, estiver muito líquido, deixe ferver mais um pouco, para engrossar. Acerte o sal, se necessário. Acrescente metade do creme de leite e leve ao fogo para reaquecer. Sirva imediatamente, despejando o restante do creme de leite diretamente nos pratos/bowls (deixe pingar com delicadeza e faça desenhos com a ponta da faca, se quiser). Por cima de cada porção, moer uma boa quantidade de pimenta.

Observações:
1. A pimenta faz toda a diferença! Não deixe de colocar...
2. Eu usei o creme de leite fresco porque tinha um resto em casa, e coloquei apenas 1 colher de sopa em cada prato, para decorar (além do que vai na panela), o que acabou totalizando menos do que os 3/4 de xícara originais. Entretanto, penso que ficaria muito bom também com creme de ricota (comum ou light) ou creme de leite light (neste caso, não ferva depois para não talhar).
3. Se quiser, sirva com croûtons, ou um bom pão italiano para acompanhar. Eu não achei necessário, já que a sopa leva batata.
4. Sorry pela foto. Fotografar comida à noite nunca fica bom...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Torta de Liquidificador de Espinafre



Perguntei ao meu amoreco o que ele gostaria de almoçar (nós nos revezamos no preparo da marmita), e ele pediu um souflé de espinafre, acompanhado de legumes. Acontece que às vezes eu sou um pouco má, e resolvi não atender o pedido à risca. No lugar do souflé, preparei uma torta de espinafre, com  os legumes como recheio, e não acompanhamento. Pergunta se ele sentiu falta do souflé? ;-)

Torta de Liquidificador de Espinafre
(receita daqui)

-      3 ovos médios, orgânicos ou caipiras
-      1 xícara de leite (usei desnatado)
-      1/2 xícara de óleo de girassol
-      1 colher de chá rasa de sal
-      1 maço pequeno de espinafre ou 1/2 maço grande (usar somente as folhas)
-      2 xícaras de farinha de trigo
-      1 colher de sopa de fermento em pó

Recheio:
-      1 berinjela pequena
-      1 cebola média
-      1/2 pimentão amarelo
-      200gr de tomatinhos sweet grape partidos ao meio
-      2 dentes de alho
-      100gr de queijo minas frescal
-      salsinha e cebolinha
-      azeite
-      sal, pimenta calabresa, páprica e temperos à gosto
-      gergelim preto para decorar

Bata ovos, leite, óleo, sal, espinafre, cebola e alho no liquidificador. Despeje numa tigela com a farinha e o fermento peneirados. Misture com um fouet para incorporar. Eu gostaria de ter utilizado farinha de trigo integral, mas infelizmente não tinha para vender no mercado perto de casa.

Pique os legumes em cubinhos. Refogue a cebola e o alho em uma frigideira com azeite. Acrescente o pimentão, a berinjela e, por último, os tomates. Mexa de vez em quando, até amaciar. Tempere com sal, pimenta, páprica, e o que mais você achar melhor (eu acrescentei sálvia e tomilho secos, e crema di balsâmico). Desligue o fogo, acrescente a salsinha e a cebolinha picadas, e deixe esfriar.

Unte e enfarinhe uma forma de 20 x 30cm. Despeje metade da massa, espalhe o recheio às colheradas, acrescente o queijo também picado em cubinhos e cubra com o restante da massa, polvilhando o gergelim. Leve ao forno pré-aquecido a 180° por 30 a 40 minutos ou até ficar levemente corada.

Enroladinhos de Canela com Avelãs e Pecãs (Cinnamon Rolls)



Tinha tudo para dar errado... Mas não é que ficou gostoso? Preparei esses enroladinhos de canela para o meu namorado, que adora roscas e pães doces no café da manhã, mas precisei fazer algumas adaptações, a fim de aproveitar o que eu já tinha na dispensa. Assim, troquei as amêndoas por pecãs e parte da farinha de trigo por farinha de aveia. Outra coisa é que a minha balança estragou, e por isso precisei converter as medidas de peso para volume (consultei esse site). Entretanto, o que me deixou com medo de estragar tudo foi o fato de ter trocado as colheres-medida, o que me levou a utilizar metade da quantidade recomendada de manteiga :-O...

Problemas à parte, até que o pãozinho saiu gostoso... A substituição da farinha de trigo pela de aveia deixou os enroladinhos um pouco mais pesados, mas acrescentou um sabor extra. E a manteiga, bem, não fez tanta falta (embora confesso que se tivesse a quantidade certa teria ficado ainda melhor). Uma última coisa: o açúcar na fôrma deixa os pães crocantes no fundo, e é preciso tomar cuidado. Se você prefere o pão sem esse detalhe, deixe a assadeira apenas untada. E se você, como eu, não gosta de caramelos muito escuros, é preciso vigiar o forno, ou deixar a assadeira na grade mais alta do forno.

Vou colocar aqui a receita original, porque eu não medi a proporção de farinha de aveia em relação à farinha de trigo, nem a quantidade de pecãs e avelãs que eu coloquei, e principalmente por causa da confusão com a quantidade de manteiga...risos. Mas cozinhar é assim mesmo: às vezes é necessário ousar! Sem contar que não dá para sair toda hora apenas para comprar um ingrediente que está faltando para determinada receita. Melhor (e mais barato) aproveitar o que temos em casa...


Enroladinhos de Canela (rende cerca de 20)
Receita do livro "A América de Jamie Oliver"

-      1kg de farinha de trigo apropriada para pão
-      1 pacotinho de 7gr de fermento seco para pão
-      1 colher de sopa de mel
-      1/2 colher de chá de sal
-      600ml de água morna
-      óleo de oliva
-      100gr de amêndoas
-      100gr de avelãs
-      200gr de manteiga sem sal
-      2 colheres de chá de canela em pó, mais um pouco para polvilhar
-      5 colheres de sopa de mel
-      100gr de açúcar demerara, mais um pouco para polvilhar


A massa pode ser feita na mão, ou com o processador (eu fiz na mão). Em uma tigela, misture a farinha, o fermento, o mel e o sal, e vá juntando a água aos poucos, até formar uma massa macia e esponjosa. Se achar que precisa de mais água, acrescente aos pouquinhos. Polvilhe uma superfície limpa com farinha e sove a massa por alguns minutos. Unte ligeiramente uma tigela com óleo de oliva, coloque a massa, cubra com um pano limpo e deixe descansar por no mínimo 30 minutos em local aquecido, até dobrar de tamanho.

Pré-aqueça o forno a 180°. Espalhe as amêndoas e avelãs em uma travessa e coloque-as no forno por 6-8 minutos, até ficarem ligeiramente douradas. Misture 150gr da manteiga com a canela em uma tigela e reserve. Remova as castanhas do forno, enrole-as em um pano limpo e amasse-as até virarem um pó fino (está escrito assim, mas na foto do livro dá para perceber vários pedaços maiores, então eu apenas triturei grosseiramente no miniprocessador). Deixe esfriar completamente, misture à manteiga e reserve. 

Polvilhe generosamente uma superfície e o rolo com farinha, e abra a massa na forma aproximada de um retângulo com 1cm de espessura e 50 x 60cm, polvilhando farinha enquanto trabalha. Espalhe a mistura de manteiga sobre a massa, com as costas de uma colher, e deixe pingar o mel de forma uniforme por toda a mistura.

Levante cuidadosamente a extremidade da parte maior da massa e vá enrolando. Continue, com cuidado, até formar um cilindro. Corte em fatias com 3cm de espessura. Unte uma assadeira funda de 20x30cm com os 50gr restantes de manteiga e polvilhe toda a base com o açúcar demerara. Coloque as fatias na assadeira, verificando se estão bem bonitas e se consegue perceber o desenho do recheio. Cubra com um pano limpo e deixe descansar por mais 20-40 minutos, ou até dobrar de tamanho.

Polvilhe com uma boa quantidade de açúcar demerara e um pouco de canela e leve ao forno por aproximadamente 25 minutos (no meu forno mequetrefe levou 40 minutos), até ficarem bonitas e douradinhas. Para servir, passe com cuidado uma faca pelas laterais da assadeira e vire-a de cabeça para baixo sobre uma tábua ou travessa, para que os fundos caramelizados apareçam. Espere um pouco antes de provar,  pois o açúcar fica muito quente.